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Mostrando postagens de novembro, 2021

Tatu do luar.

Queimada no peito de LED ao vivo. Nau possuindo  o seio. Seta que  penetra no olho, de onde escorre  ouro. Cor azul de lampião, algum dia será ilusão. 

Linha viva.

Não ponha minhocas na sua cabeça, deixe-as no solo. E não sei dizer  como sua cor  rubra foi parar na aurora do  dia-a-dia, que dialoga com o mínimo-máximo dos poemas do Alvim. 

Caldo cálido.

A sopa esfriou; água pobre, batata mole, o repolho ficou invisível, a carne era o principal combustível, barcos de croutons, suplício em tons, vence o valente,                    e dorme,                   como que dentro                   da bexiga inflada, vinda da escola pra casa deixando feliz a criança amada. 
 Calor de dedos do autista que sequer sabe ter esse calor guardado nas mãos. 

Dedos pra serem expostos;.

 Li em um livro a história de um assassino que decepava os dedos das vitimas e então  ele  roubava os seus dedos, e os pendurava num colar de dedos, talvez essa pessoa quisesse ao menos ser tocada por outros mãos de mineira afetuosa. 

Bebo areia

Encho-me de sílica, Para ver o reflexo do mundo. O corpo do escorpião se resfria e a lua é o coração do céu. já o camaleão é quente ao absorver o que pela o sol na pétala amarela. é o punhal das estações, que privam José da prisão, Ana da orfandade e Lucas da depressão.

matrix das gotas de chuva

Coloquei sal na água da chuva, e ela ao invés  de insossa, ficou com meus sentimentos. 
 As pessoas procuram na atualidade a ordem dos jardins, ao invés as da floresta, não sabia que a visão da tamareira que carregada de frutos alimenta e faz crescer a sua voz muçulmana, que você ainda vê coisas otimistas na vida. Vem da bomba o olhar ou vem do olhar da bomba, o que sei é que a bandeira branca da paz é sempre a última a ser hasteada., e meu maior medo é ver seu véu branco cruzando as fronteiras armadas que mesmo já derrotadas impedem-nos de vermos armas empilhadas no lixo, falta conhecimento ao não se apagar a ardência do fogo com água mas com substância ainda mais incandescente e destruidora. Carrega menina o pássaro ou se deixe ser levada por ele, pra esta terra estrangeira  onde não há um prédio a sua espera mas uma casa com uma janela que chora ao ser fechada de noitinha.  

Quatro cantos escondidos.

Perdemos muito com futilidades. Quero um bom dia de sono e ver as pernas da monja  com uma indecência que ainda não cresceu.  Fui pego com os reflexos lentos, ao ver algumas meninas brincando de esconde esconde numa casa de três cômodos, e somos vencidos não pelo cansaço mas pelo prazer do vento e do sumo da laranja.  
O Brasil como o mundo inteiro entrou em erupção e teve abalos sísmicos  agora começa a fumaça a se descortinar  e apenas veremos o resultado do legado deste povo paulista daqui a 100anos,  Mario, Oswald e Manuel  que tiveram os pés em brasa riram e choraram estão agora de cabelo em pé, pelo arrepio da mistura de dor e prazer.