Postagens

Mostrando postagens de abril, 2022

PAREDES ENGILEIRADAS.

 Silente, cerze e serve Ao cerne sério do sírio O povo sem sentido.
 No blackout do ano mil, todas as velas, de súbito se apagaram, e quando reacenderam-nas as pessoas passaram a habitar também nas pinturas. 
 Eu quero crescer tanto para  que o mar se transforme numa miragem, e ter-te nos  ecos dos cactos. 
 Às vezes ocorre de o vento torcer o nardo de uma entre um milhão de flores; 

Acariciar a luz.

 Como a pétala se despede do galho? é no desenrolar da vida como acontece com o vendedor de algodão doce ao vendê-los vai saciando  o desejo das crianças. A cada pétala a lua tira uma foto, igual a que temos sob uma árvore de ipê. 

maré do céu.

 O cadeado  que é fechado é o mesmo que se abre.  Limão-de-cheiro, respingos de pitaia, pêssegos mastigados, formam o espectro de cores de um oprimido.  

Choque e coque de crochê.

 O cérebro humano parece feito de barro: enche, transborda, racha ou quebra, mas a mão de fé cola-o e planta flores nele.  Conheço um povo que precisa desses  cuidados: os Rohingya.

Por quê ainda existe perfume caro?

 Após tomar um banho musicado, joguei a água com o som do Ed Motta pelo ralo.  E ao me vestir percebi que ás vezes falta apenas um banho de grana, para se ter laissez-faire no joelho e lamber limões-de-cheiro. 

Programação do gosto que o presidente vai sentir.

 As profissões tem gosto, a de dentista à pedra-pome, a de pedreiro à cimento, a de cozinheiro farinha, jardineiro e costureira tem gosto de água de rosas, a de jurista, água pura ou ovo podre, agora, apenas a de presidente do Brasil pode ter qualquer um desses  sabores. 

Dente de crocodilo.

 Banjo, quase o mesmo som, tocado por dedos diferentes, a cada dedilhar.