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Mostrando postagens de 2021

Enxame de esfinges.

 Pirofagia sem chama. Cérebro negro. Linha pura é frágil. Atenção para as plantas.  Santo ordinário. Roda gigante, vento manso.  Toda história tem dissabor, inclusive as feéricas. Navio das espadas. Seu suor me desbotou. Alma de sal. Existe o inventor  e quem reinventa.  Frevo esgotado. Quero colher tempestade, para ficar sobrenatural feito jogo. Porem é com  o jongo  que se pode  encher a hora  da vida nesse ano de 2022.

Durmo nos pés da chuva.

 Quando a chuva é certeza certeiro fica meu palpite, pode cair um dilúvio que meu apartamento resistiu ao Katrina, ela pode dormir comigo até a chuva fazer  do meu telhado um queijo suíço. Nunca vou apagar a sua pele da minha.  semisselvática miragem calmaria de  talheres postos, prato frio, sopa quente, combustão de um pintassilgo, que comove-me, e move-nos, para os pingos incandescentes  na deformidade que causa a luminescência na escuridão. 

Um dia vou á igreja.

 Decolou minha alma. Ser das cavernas. Féretro de edredom. coração de borboleta, translucido, como se tivesse sido filmado de relance no filme mágico de oz, e agora ressurge entre o matagal, que só existe com  o propósito da fecundidade. Sexo da natureza, animalescos não tem sexo: feras se autodestroem, e eu vi um homem cambaleando já quase morto, e seu sangue o solo  e o sol consumiram, com tudo isso fica difícil existir em outro horário, que não o dos noticiários,  

Vida transformada.

Comedora de caramelos, dentuça pra valer! de estátua virou coluna, para esta casa apertada, para uma única pessoa; porem, revelo um segredo: ficou vasto meu coração.  Afinal, de que serve dente se não for para comer o trabalho e dar mais trabalho. 
 Sabe que eu me dei conta, de que é o sangue dos bois, que sustenta tudo que nos cerca. 

Tatu do luar.

Queimada no peito de LED ao vivo. Nau possuindo  o seio. Seta que  penetra no olho, de onde escorre  ouro. Cor azul de lampião, algum dia será ilusão. 

Linha viva.

Não ponha minhocas na sua cabeça, deixe-as no solo. E não sei dizer  como sua cor  rubra foi parar na aurora do  dia-a-dia, que dialoga com o mínimo-máximo dos poemas do Alvim. 

Caldo cálido.

A sopa esfriou; água pobre, batata mole, o repolho ficou invisível, a carne era o principal combustível, barcos de croutons, suplício em tons, vence o valente,                    e dorme,                   como que dentro                   da bexiga inflada, vinda da escola pra casa deixando feliz a criança amada. 
 Calor de dedos do autista que sequer sabe ter esse calor guardado nas mãos. 

Dedos pra serem expostos;.

 Li em um livro a história de um assassino que decepava os dedos das vitimas e então  ele  roubava os seus dedos, e os pendurava num colar de dedos, talvez essa pessoa quisesse ao menos ser tocada por outros mãos de mineira afetuosa. 

Bebo areia

Encho-me de sílica, Para ver o reflexo do mundo. O corpo do escorpião se resfria e a lua é o coração do céu. já o camaleão é quente ao absorver o que pela o sol na pétala amarela. é o punhal das estações, que privam José da prisão, Ana da orfandade e Lucas da depressão.

matrix das gotas de chuva

Coloquei sal na água da chuva, e ela ao invés  de insossa, ficou com meus sentimentos. 
 As pessoas procuram na atualidade a ordem dos jardins, ao invés as da floresta, não sabia que a visão da tamareira que carregada de frutos alimenta e faz crescer a sua voz muçulmana, que você ainda vê coisas otimistas na vida. Vem da bomba o olhar ou vem do olhar da bomba, o que sei é que a bandeira branca da paz é sempre a última a ser hasteada., e meu maior medo é ver seu véu branco cruzando as fronteiras armadas que mesmo já derrotadas impedem-nos de vermos armas empilhadas no lixo, falta conhecimento ao não se apagar a ardência do fogo com água mas com substância ainda mais incandescente e destruidora. Carrega menina o pássaro ou se deixe ser levada por ele, pra esta terra estrangeira  onde não há um prédio a sua espera mas uma casa com uma janela que chora ao ser fechada de noitinha.  

Quatro cantos escondidos.

Perdemos muito com futilidades. Quero um bom dia de sono e ver as pernas da monja  com uma indecência que ainda não cresceu.  Fui pego com os reflexos lentos, ao ver algumas meninas brincando de esconde esconde numa casa de três cômodos, e somos vencidos não pelo cansaço mas pelo prazer do vento e do sumo da laranja.  
O Brasil como o mundo inteiro entrou em erupção e teve abalos sísmicos  agora começa a fumaça a se descortinar  e apenas veremos o resultado do legado deste povo paulista daqui a 100anos,  Mario, Oswald e Manuel  que tiveram os pés em brasa riram e choraram estão agora de cabelo em pé, pelo arrepio da mistura de dor e prazer. 

ponte entre os ponteiros.

Foi de noite que seus olhos escuros se fecharam, fazendo as cascas do sol se  romperem, para você nascer e liberar o invisível, perfume, trovão e ar e serem bicados pelo seu bico austral. E de toda miríade De olhos Ficaram destinados A verem Sem nunca serem De impostos. 

Achei um fraudario.

 Quando eu tiro a roupa e coloco outra limpa - feita pela magia , como toda ação corporal é-  talvez até ,ais mágica do que a da alma,  guardo meu outro ser num cubículo de onde saio  ás vezes para trocar novamente de carne. 

Desconhecia sua luz.

Até mesmo o maior buraco negro das galáxias é incapaz de tirar sua luz. Esta fé é resignação ou é força? Afinal estamos há décadas ajuntando o que milênios separaram, pondo assim, a harpa  no fundo do pântano.  E atuando, para a sociedade, não impedir o bem, ao combater o mau. Assim a cachoeira é uma mulher vestida de água. 

Jabuticabas africanas.

Tudo sugado: a vidraria e a concretude, foi de um lado para outro, habitar ao contrário: liso e ermo. O sol  que nasce transporta matéria nova pela ferrovia da luz. E a lua que mesmo sem virar a face, é sempre iluminada. Assim a fome é tirada pela janela.  Donde vê-se uma onda, apagando a fome, ao mistura-se com a sopa. 
 Volto pra lá porque é pra lá  que eu não quero ir. Passo pela vida caminhando e  conhecendo plantas ao invés de roupas num manequim.  No tempo da lousa virtual falta a crença no que está sendo dito. 

Clássico pôster.

A melancolia do filme dos mortos, é o que sinto, quando a noite, não recebe o adorno da lua, e eu fico vendo filmes antigos, quase esquecidos, como a  triste notícia de mais um ator, morto pelo desligar de um televisor.  O futuro que me perdoe, mas, o passado é mais aconchegante.  Precisamos até mesmo do desconhecido para manter a teia viva e garantir que o gato tenha o dobro de vida.
Há os que tiram a verdade do mundo, assim, como há aqueles que a depositam.  A vulgaridade desfaz a nossa beleza. Como quem escolheu um caminho imperfeito. Compartilhamos o mesmo labirinto , de culturas de povos, que amadureceram  primeiramente e edificaram sua própria esfinge. ao invés de destruí-la, obrigando-nos  à partilhar. Somos estrelas  que apesar de não estarem atreladas conduzem-nos quando o sol fica impotente. 

Sombra miss universo.

O céu ou  a cortina? O sol ou  a lâmpada? O guarda-chuva ou o  toldo? A cachoeira ou o  chuveiro? A oliva ou o  dado? Fazer da incerteza, a certeza, de carregar a bandeira do amor até mesmo no inferno?

Elétron de turbante.

 Nunca devemos parar de olhar pro céu, tendo em vista, que, no mundo ruim; corrompido, degenerado e hipócrita, ficar louco pode ser um alívio, em quanto que ao contrário louco em um mundo bonito: pra e da liberdade, igualdade e fraternidade, seria a maior das tristezas. 

Comitê de almas.

O cardume se contamina, mas também se protege. Eu quero ouvir Bach  para parar de pensar, pois assim o suplício não pode submergir, tirar de mim toda a lama que cobre os poros e apaga a chaga.

Confundi a maçã.

Ligo para o ramal de seu quarto de hotel. Atendido por uma mulher pintada em mosaicos.   Hoje fui o computador do Picasso. Ela planta cigarras. Eu tenho apenas um prego para colocar minha mezuzah; E seu doce está salgado com gosto de dedo. Vejo mais ônibus do que pássaros, enquanto viajo na sombra do aeroplano passando por cima de mim, fazendo de mim o único triste da festa.  

Peido ereto dos quadrupedes.

 E se todos andassem fazendo caretas? pois nenhum outro animal faz careta, talvez, sob dor. Na África existe  um manancial de dores, não é esgar advindo da fome, porem do coração sendo amassado por um pilão de mármore. De onde ainda pequeno vi na foto uma criança em que o urubu iria mordiscá-la e torná-la sua fruta. 

Tigre saindo do espelho.

Temos nosso amor sempre intensificado pela música destinada à beijos. Namoramos não como os filmes  eróticos, mas sim como nos filmes de  terror.