Durmo nos pés da chuva.

 Quando a chuva é certeza

certeiro fica meu palpite,

pode cair um dilúvio

que meu apartamento

resistiu ao Katrina,

ela pode dormir comigo

até a chuva fazer 

do meu telhado

um queijo suíço.

Nunca vou apagar

a sua pele da minha. 

semisselvática miragem

calmaria de 

talheres postos,

prato frio,

sopa quente,

combustão de um pintassilgo,

que comove-me,

e move-nos, para

os pingos incandescentes 

na deformidade que causa

a luminescência na escuridão. 


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